O Parlamento Europeu aprova novo colégio de comissários da Comissão Europeia
No último dia 27 de novembro, o Parlamento Europeu aprovou o novo colégio de comissários da Comissão Europeia, com 370 votos a favor, 282 contra e 36 abstenções, representando um apoio menor em comparação com a votação de Ursula von der Leyen no último mês de junho.
A nova configuração da Comissão Europeia espelha a fragmentação política do continente. O Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, mantém uma posição dominante com 14 posições, incluindo a presidência da Comissão. Os liberais, apesar das perdas nas eleições de junho, conquistaram 5 comissários, seguidos pelos Socialistas e Democratas (S&D) com 4, e os Conservadores e Reformistas Europeus (ECR) com 1 representante.
Em seu discurso de apresentação, a presidente da Comissão destacou, como um dos pilares fundamentais do novo programa, o reforço da segurança econômica europeia. A estratégia visa explicitamente evitar dependências excessivas que possam se transformar rapidamente em vulnerabilidades, com foco na construção de cadeias de suprimentos estáveis e seguras. No contexto das relações comerciais, isso sinaliza assegurar um suprimento estável e seguro de materiais críticos essenciais para a transição energética limpa. Neste sentido, o Comissário para Comércio e Segurança Econômica, Relações Interinstitucionais e Transparência, e responsável pelo comércio exterior e pelos investimentos, Maroš Šefčovič, recebeu a missão de estabelecer mais “parcerias comerciais”.
Nos próximos meses, espera-se que o grupo trabalhe em questões fundamentais como o Mecanismo de Ajuste de Carbono nas Fronteiras (CBAM), a proibição de motores de combustão, questões migratórias e os potenciais impactos da nova gestão de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.
Após sua nomeação formal pelo Conselho Europeu por maioria qualificada, a nova Comissão Europeia assumiu suas funções no dia 1° de dezembro de 2024.